sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quanta coisa!!

Outro dia fui arrumar o enxoval da Laurita no armário e levei um grande susto. Essa pequerrucha nem nasceu ainda e já tem mais roupas que muita gente grande por aí. Acho que a minha pequena terá que ficar miudinha por um longo tempo para poder usar tanta coisa. Todos dizem que bebês crescem rápido e eu estou preocupada. Ela tem tanta roupa linda, ganhou tanto presente legal, que queria que ela não apenas os usasse como também posasse de modelo para todas as fotos lindas que eu e Fred Pai (o especialista) vamos tirar dela.
Mas contando todas as roupinhas, eu estou achando que não vai dar tempo não! Se for verdade que em dois meses o bebê dobra de tamanho, acho que Laura não conseguirá usar as nada menos que 56 peças que enchem o seu guarda-roupas!!
Por isso, Mãe Lu pede a todas as titias e titios que lêem o blog que os presentinhos sejam M ou G. Nada de P ou recém-nascido, porque senão a Laura vai correr o risco de não ter o prazer de usar todo o seu enxoval.
Olhando para tanta coisa linda, fico pensando que minha filha será muito chique! Acho que ela nunca vai repetir roupas... Pelo menos enquanto estiver pequenina.


Laurita, você nem nasceu ainda e já tem:

9 bodies de manga comprida;
8 bodies de manga curta;
7 calças;
12 macacões de manga e calça compridas;
12 vestidos;
8 macacões de manga e calça curtas;
3 tênis;
1 sandália;
9 sapatinhos de bebê;
1 maiô rosa de bolinhas brancas;
3 chapeuzinhos de sol;
6 pares de brinco;
6 conjuntos de lençol feitos pela vovó Cristina;
40 pacotes de fralda tamanho P;
E mais um monte de coeiros e outras coisas que precisam se compradas...

E isso sem eu ter feito ainda o chá de bebê de Laura aqui no Rio!
Depois de contar tudo isso de roupinhas fui olhar no livro da gestante como deve ser o enxoval de um bebê recém-nascido. Quatro peças de cada, diz o livro! Dei risada! Mas também, toda vez que ela fizer xixi, aproveito para trocar a roupinha! Pode deixar que garanto que ela usará todas! Tem uma mais linda que a outra! Que princesinha a Laurita vai ser!

sábado, 24 de janeiro de 2009

A barriga, o verão e a solidão

A coincidência da entrada no terceiro trimestre de gravidez com a chegada do verão carioca não tem sido uma boa experiência para mim não. O calor de 40 º C do Rio de Janeiro definitivamente não combina nem um pouco com esse meu grande barrigão. A sensação é horrível. Sinto moleza, tontura, cansaço e o inchaço já está me deixando com as pernas pesando dez toneladas cada. Eu já havia sido alertada por mulheres que tiveram filhos antes que seria difícil esse período da gravidez num calor tão grande, mas não imaginava que seria tão ruim assim.
Se eu pudesse, passaria todo o meu dia na piscina da hidroginástica. Ou então no meu quarto, com o ar condicionado ligado no talo. Mas sem ter que abrir a porta para pegar água ou ir ao banheiro, porque aquela onda de calor que bate da porta a fora já é suficiente para me deixar molinha, molinha...
Nas últimas duas semanas de calor intenso tenho tentado estar o mais confortável possível. Já comecei a fazer drenagem linfática, dica da tia Flávia. Gostei bastante e é incrível como isso funciona! Desinchei os pés e mãos na hora... Além disso, procuro não sair muito de casa não. Não dá nem pra pensar em ir a algum lugar, andar na rua, pegar um ônibus ou um táxi. É que, além disso, ainda tenho tido muita falta de ar. Sei que é normal. Já que a Laurita está grandinha e já está pressionando os meus pulmões com os pezinhos dela. Mas com calor, mole e sem ar, não dá muito pra fazer nada mesmo.
O problema é que Fred Pai tem andado muito ocupado. Ele pegou um trabalho muito legal. Está acompanhando uma fotógrafa gringa fotografando doentes com tuberculose pelos hospitais públicos do Rio. O trabalho é para uma exposição fotográfica da Organização Mundial de Saúde. Mas o negócio é que a gringa tem pouco tempo e Fred Pai passa longas 12, 13, 14, 15 horas fora de casa. Vão ele e o nosso Uninho trabalhar pelas zonas carentes cariocas. E eu fico aqui em casa. Só. Com calor, inchada, cansada e tristinha.
Tenho muitas amigas queridas no Rio. Sinto me acolhida aqui e uma vitoriosa por ter conquistado tanta gente legal. Mas a verdade é que as minhas amigas não estão grávidas. Continuam com a mesma vidinha que eu tinha antes. Estão aproveitando o verão para irem à praia, tomar chopp à noite nos barzinhos agitados, curtir. O que está certíssimo. O problema é que eu não agüento mais acompanhá-las. O máximo que dá pra fazer é pegar um cineminha. O resto, esquece! Acho que se não tivesse tão calor estaria mais disposta.
Nesses últimos três dias choveu bastante. Pra mim foi ótimo. Refrescou e já estou bem melhor. Mas mesmo assim, só de andar daqui do meu apartamento até a portaria do prédio já estou ofegante e louca para sentar com as pernas pra cima. É claro que não dá pra ficar em barzinho tomando água mineral, já que não posso beber e nem tomar refrigerantes ou sucos (engorda!).
Enfim... com todos esses percalços tenho me sentido bem sozinha. Sei que não estou só, que tenho muita gente que gosta de mim, mas acho que a carência faz parte dessa fase da gravidez. Além disso, problemas no trabalho também têm me deixado bem baixo astral. Fico pensando que a Laura já pode nascer a partir de agora. Fico pensando se a bolsa estourar e eu estiver sozinha. Sei que são pensamentos bobos e que vai dar tudo certo. Mas não tem sido uma boa fase pra mim não.

Um susto e o despertar

Tanto não tem sido que quarta-feira quando deitei na cama, no final da tarde, depois do trabalho, senti minha barriga ficar dura muitas e muitas vezes. Achei estranho. A última consulta que tive com doutor Orlando ele disse que a barriga dura era contração e que era normal algumas durante o dia. Mas se forem muitas, era para ligar para ele. Quando a tia Flávia, que é mãe do Gabriel, me ligou naquela noite disse para ela que estava preocupada. Ela desligou o telefone mandando eu ligar naquela hora para o meu médico. Liguei mas não consegui falar com ele. Dormi e quando acordei no dia seguinte, depois de ter sentido diversas contrações durante a noite também, estava com dor no baixo ventre. Uma dor maior do que normalmente sinto quando estou cansada ou me esforço muito. Liguei para doutor Orlando, que pediu para que eu fosse à Perinatal fazer uma ultra, exame de urina e outros exames que esqueci o nome. Segui para lá. Fiquei umas quatro horas lá na Perinatal, fazendo todos os exames, com as médicas e enfermeiras me acompanhando. No final, não tinha infecção urinária não. O doutor Orlando estava com medo de que eu tivesse, pois ela é uma das maiores responsáveis por partos prematuros. Mesmo assim, depois dos exames ele explicou que as contrações não estavam na hora de acontecer daquele jeito e que era para eu tomar um remédio, inibidor de contrações e ficar de repouso. Laura quase nasceu na quarta-feira, ainda com 28 semanas! E para o meu desespero, fui ao hospital sozinha e lá fiquei. Tudo do jeito que eu mais temia!
Fiquei muito abalada com essa história toda. Mas achei que mais uma vez ela veio para me dar um alerta, me ajudar a pensar mais claramente. Explico: não posso ficar me entregando a esses pensamentos chatos de solidão, não posso ficar com pena de mim. Não dá para ficar estressando com gente que não vale a pena no trabalho.Tenho mais é que ficar bem, tranqüila, estável, para que a Laura fique bem. Senti uma culpa enorme de não ter conseguido me controlar e de ter me deixado ficar tão triste que a Laura quis nascer! Que horror!
Mas é engraçado como depois de uma crise a gente se fortalece. Passei quinta-feira pensando muito nisso. Chorei bastante. Fiquei arrasada e culpada com a história. Mas a verdade é que acordei sexta tão forte, com vontade de trabalhar, de ficar feliz, de amar Fred Pai, de que tudo dê certo. Passei uma sexta-feira ótima. Trabalhei muito. Não tive nenhuma crise de choro e me senti forte, muito forte. Resultado: mais nenhuma contração, maior disposição e mais pensamentos positivos. Fred Pai não foi trabalhar hoje (sábado). Ele está pintando o quartinho da Terezinha. Ela deve chegar lá pelo dia 5 de fevereiro. Então as arrumações já estão começando com força total. Fiz um almocinho gostosinho pra gente e estou aqui em casa, tranqüila. O bom de toda essa reclusão em casa é que tenho lido muito. Devoro praticamente um livro por semana. Passei um pouco da fase de ler sobre gravidez. Voltei aos meus livros que adoro. Espero que a Laura curta minhas leituras dentro da minha barriga e que seja uma boa leitora quando ficar grande. Eu e Fred Pai teremos um montão de livros lindos para apresentar para ela se deliciar no mundo das letras! Laurita! Fica tranqüila minha filha! Mamãe vai ficar bem e você vai nascer só depois da 38ª semana!!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Curtindo o barrigão em Floripa



Fazendo pose de gatinha pro Fred Pai tirar uma foto bem linda! eheheh



Tia Pati e Mamãe no Bar do Arantes



Fred Pai - lindo de morrer!



Eu e Laurita no meu barrigão

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Férias com Laura na barriga

Para passar as últimas férias sem filha no mundo, Fred Pai e eu decidimos viajar para Floripa com a tia Paty e o tio Dante. Lá encontramos também a tia Elaine e o tio Sandro. Ficamos felizes em escolher esse lugar, que é lindo, mágico, ótimo astral e que amamos. Foi a segunda vez em dois anos que Fred Pai e eu passamos nossas férias lá.
O dr. Orlando, meu obstetra, não gostou muito não da nossa idéia de viajarmos tão longe. Mas eu insisti muito, afinal, seriam as últimas férias com sossego, sem criança, curtindo meu amor e também meus queridos amigos que não via há muito. Achei que fosse ser como sempre, praia o dia todo, almoços longos, saídas à noite...
Mas a verdade foi que, embora Laura ainda não tenha nascido, ela já existe.. e já manifesta suas vontades.. deixando Mãe Lu completamente desesperada de vez em quando.
Acho que o mais desesperador de tudo para mim foram as longas horas na praia sem comida à vista. Costumávamos chegar às 10h e ir embora depois das 18h. Como ficamos no Campeche, ao sul da ilha, as praias não tinham muita infra-estrutura não. Por isso, comida que é bom, não foi fácil achar não. Resultado: horas e horas a fio sem comer. Tomava bastante água, pra hidratar e passar a fome. Às vezes uma ou outra coisinha, mas a verdade é que fome de grávida é uma fome de leão, daquelas que têm que ser saciadas naquele momento, senão a gente vai perdendo a noção da racionalidade.
A maior parte das vezes que eu chegava no limite entre a racionalidade e a loucura e conseguia comer meu almoço-janta sem grandes atropelos. No entanto, outras vezes, perdi a noção do mundo e fiquei tão desesperada de fome que cheguei a chorar! A primeira vez que perdi a razão foi quando “almojantamos” no restaurante Pequeno Príncipe, perto da pousada onde ficamos. Já eram nove da noite e eu ainda nem tinha almoçado. Imaginem que fome eu não estava! E a Laurita então! Não parava de me chutar pedindo comida dentro da minha barriga. Probrezinha. Chegamos lá e os garçons demoraram tanto pra nos atender que as minhas primeiras lágrimas caíram. Depois, tinha uma música alta na TV de uma dupla sertaneja qualquer que estava realmente me tirando do sério. Pedi pra moça do restaurante abaixar a música mais de três vezes. Tive que ser contida por Fred Pai para não baixar eu mesma!
Mas o pior estava por vir! Pedi peixe ao molho de camarão, arroz, feijão e salada. O peixe e o feijão estavam tão salgados que não consegui comer. Resultado: depois de tanta espera fui dormir apenas com arroz e salada na barriga. Ainda bem que tinha picolé de chocolate pra eu tomar e deixar tanto a Laura quando a mãe dela menos tristinhas! Aliás, pra falar a verdade, abusei das sobremesas nesses dias... Depois da refeição fazia questão de um sorvetinho, pelo menos. Afinal, merecia uma compensação depois de tantas horas de fome!
Outro episódio que chorei copiosamente foi na noite de Ano Novo. Durante o dia comi apenas um sanduíche natural e já eram dez da noite quando chegamos ao bar da Neide, onde passaríamos o Réveillon. A Neide é uma das pessoas mais enroladas que já conhecemos! Ficou no faz-não-faz a festa... que, no fim, fez. Mas quando eram dez da noite e chegamos e vimos que as mesas não estavam arrumadas ainda e eu morrendo de fome, entrei no bar e sai com lágrimas nos olhos. Fred Pai que não é bobo nem nada, me viu começando a ter uma crise de loucuras por fome e saiu correndo comigo para uma lanchonete que tinha a alguns quarteirões do bar da Neide. Cheguei lá, comi meio sanduíche de frango, melhorei e voltei para a festa. Daí sim, agüentei com paciência que a ceia fosse servida a hora que achassem melhor. Curti a companhia dos amigos e fiquei feliz com a entrada de 2009, um ano tão especial na minha vida e na de Fred Pai.
Outra grande diferença que senti grávida foi o cansaço. Até parece que consegui sair à noite como queria. Bem que vontade eu tinha. Floripa estava fervendo e cheia de coisas legais pra fazer. Mas depois de horas no sol, andando na praia e com tantas horas sem comer, quando chegava na pousada só queria saber de banho, cama e ar condicionado! Marquei um monte de vezes saídas com Fred Pai, Paty, Dante, Elaine e Sandro e dei balão em quase todas! Realmente, já não sou mais a mesma, mesmo!

Resultado das férias

Durante as férias, de um dia para o outro, assim, sem avisar, minha barriga simplesmente dobrou de tamanho! Amei! Finalmente! Laurita, que já era espoleta, agora então, dá cada chute enorme que para sentir não precisa nem colocar a mão na minha barriga. Basta olhar mesmo. Uma das noites em Florianópolis fui acordada pela Laura. Imagine! Ela chutava tão forte dentro de mim que me acordou! O que será que a Laurita estava querendo no meio da madrugada? Acho que carinho, porque só foi eu passar as minhas mãos na barriga e cantar um Nana Nenê que ela se acalmou e ambas dormimos muito bem o restante da noite! Ainda bem!
Quando cheguei ao Rio, depois de dez dias em Floripa e mais quatro na casa da vó Cristina e do vô Filizzola em Campinas, fui ver o doutor Orlando. Levei a ultra da Laura, que foi a morfológica, um exame que mede todos os órgãos do bebê pra ver se ele está crescendo direitinho. Doutor Orlando ficou espantado com o tamanho da Laura. – Que bebê grandão! Que cabeção!, disse ele. Pudera! A Laura só pode ser grandona mesmo, sendo filha do Pai Fred e da Mãe Lu! Não quero nem imaginar como será para ela sair de mim... mas esse capítulo será a parte!
Sai do doutor Orlando arrasada! Graças a todas aquelas sobremesas que comi durante as férias, consegui a proeza de engordar quatro quilos e meio durante o mês de dezembro!! Estou no início do sétimo mês e já engordei 8,5 kg! Fiquei preocupada! Na verdade, arrasada! Queria ter engordado apenas 9 kg na gravidez toda! Não paro de pensar em mim depois que a Laura nascer. Será que vou ser uma mãe gordinha? Não quero!!! Preciso me controlar! Sai do consultório e fui com Fred Pai ao supermercado. Nada de sorvete ou chocolate! Só frutas e verduras! Veremos! Pelo menos eu tive a desculpa de ter tido férias e fim de ano... Veremos como será daqui pra frente!