terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Hotel Cinco Estrelas
Ontem fui fazer uma ultrassonografia chamada dopler. É para saber se a circulação entre o sangue da placenta, útero e bebê está bem. O doutor André, que fez a ultra, disse que está tudo ótimo, que a Laurita está em um Hotel Cinco Estrelas! Na maior mordomia! Ela já está de cabeça para baixo, deitada de bruços sobre as minhas costas.
A Laura hoje pesa 2 quilos. E já tem 46 cm!! Ela já é cabeluda! O doutor André mostrou pra mim um monte de cabelo na cabecinha dela!
Hoje Fred Pai e eu fomos ver o doutor Orlando. - Como é grande a bebê de vocês! Disse ele ao olhar para o exame. Claro né doutor Orlando! Filha de Mãe Lu e Fred Pai, o senhor quer o quê?
O doutor Orlando disse também que essa posição da Laura é muito boa para que façamos um parto normal. Esperamos que dê tudo certo! Estou entrando na 33ª semana esse final de semana... Já engordei 8,5 quilos! Um quilo, desde a última consulta. Pra variar, doutor Orlando brigou comigo! Eram para ser apenas 9 nos nove meses.. e eu ainda tenho 7 semanas pela frente.. Ai, ai! Acho que a culpa é do sorvete de creme, que ando apaixonada por esses dias! Só penso em tomar sorvete de creme.. até que como pouco por vez.. Mas deve ser isso...
Enquanto Laura termina de se formar em minha barrigona, o quartinho dela vai ficando pronto. Hoje finalmente montaram a caminha. Semana passada chegaram o bercinho, a cômoda e a cadeira de balanço. Domingo peguei o kit berço e espero para amanhã cedo o edredon da caminha de babá. Ando muito ansiosa! Quero ver tudo prontinho loguinho!
Vovó Cristina vai chegar depois do carnaval. Ela vem pra me ajudar a enfeitar o quartinho da Laurita. Acho que vai ficar lindo! Ele é todo branquinho, mas os detalhes são marrom, bege, vermelho, rosa, verde... É um composê de florzinhas delicadas. Espero que Laura seja muito feliz nesse quartinho que todos estamos preparando com muito amor para ela!
A Laura hoje pesa 2 quilos. E já tem 46 cm!! Ela já é cabeluda! O doutor André mostrou pra mim um monte de cabelo na cabecinha dela!
Hoje Fred Pai e eu fomos ver o doutor Orlando. - Como é grande a bebê de vocês! Disse ele ao olhar para o exame. Claro né doutor Orlando! Filha de Mãe Lu e Fred Pai, o senhor quer o quê?
O doutor Orlando disse também que essa posição da Laura é muito boa para que façamos um parto normal. Esperamos que dê tudo certo! Estou entrando na 33ª semana esse final de semana... Já engordei 8,5 quilos! Um quilo, desde a última consulta. Pra variar, doutor Orlando brigou comigo! Eram para ser apenas 9 nos nove meses.. e eu ainda tenho 7 semanas pela frente.. Ai, ai! Acho que a culpa é do sorvete de creme, que ando apaixonada por esses dias! Só penso em tomar sorvete de creme.. até que como pouco por vez.. Mas deve ser isso...
Enquanto Laura termina de se formar em minha barrigona, o quartinho dela vai ficando pronto. Hoje finalmente montaram a caminha. Semana passada chegaram o bercinho, a cômoda e a cadeira de balanço. Domingo peguei o kit berço e espero para amanhã cedo o edredon da caminha de babá. Ando muito ansiosa! Quero ver tudo prontinho loguinho!
Vovó Cristina vai chegar depois do carnaval. Ela vem pra me ajudar a enfeitar o quartinho da Laurita. Acho que vai ficar lindo! Ele é todo branquinho, mas os detalhes são marrom, bege, vermelho, rosa, verde... É um composê de florzinhas delicadas. Espero que Laura seja muito feliz nesse quartinho que todos estamos preparando com muito amor para ela!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
A madrinha da Laura
Antes de falar da madrinha da Laura vou falar da minha. Isso porque eu gostaria muito que a minha filha tivesse a mesma sorte que eu tenho: uma madrinha próxima, participativa, amorosa, gentil, companheira. Uma madrinha de verdade!
Aliás, para falar a verdade, verdadeira, quem escolheu a minha madrinha fui eu. Não foi a minha mãe. Quando eu era bebê ela optou por chamar um casal de amigos dela, a Ângela e o Sérgio. Tenho memórias de primeira infância deles. Mas já aos cinco eu me ressentia que minha madrinha não estava nem aí pra mim. Com a simplicidade de uma cabecinha infantil, resolvi solucionar o meu grande problema: iria achar outra madrinha!
Pensei, pensei, pensei... E um dia, lá na casa da minha vó, a bisa Madalena, quando todas as seis irmãs da minha mãe estavam reunidas na sala de jantar com a minha mãe, eu interrompi o papo animado, chamei a tia Terezinha, a minha favorita, e pedi: - Tia, você pode ser a minha madrinha? Eu não gosto da minha. Queria que fosse você! Ela, sorrindo e acredito que até lisonjeada, respondeu: - Mas é claro Lu! Será um grande prazer ser a sua madrinha! Mas você fará crisma tá? – Combinado! Prometi! E cumpri: aos 14 anos me crismei lá em Goiânia e minha madrinha viajou 1.000 km para me crismar!
A partir dos 5 anos ganhei de presente uma madrinha mais que querida! Uma madrinha que sempre esteve presente na minha vida, que sempre me deu força, ajudou muito, ouviu, foi carinhosa, não me julgou, enfim... uma verdadeira segunda mãe. Além de ser um exemplo de pessoa! Acho que puxei dela o gosto pela leitura, pelo inglês, pelo francês... De quebra, ainda ganhei um padrinho muito legal, o tio Nini, que adorava cozinhar e sempre comprava e descascava laranja lima pra mim no café da manhã, além de fazer minhas torradinhas prediletas. Só boas memórias!
Estou falando da minha madrinha porque quando pensei em escolher a madrinha da Laurita era isso o que eu queria pra ela: uma pessoa que a amasse e que demonstrasse isso da melhor forma possível. Pensei em muitas pessoas queridas minhas. Passei uns seis meses com isso na cabeça. Fred Pai e eu combinamos que a madrinha seria eu quem escolheria e o padrinho, ele. Assim, ambos podíamos escolher aquela pessoa em quem confiávamos para entregar essa importante responsabilidade.
Para escolher a madrinha da Laura pensei com a cabeça que tinha aos cinco, quando escolhi a minha. Queria alguém que fosse muito próxima e que as adversidades da vida não as separasse. Queria alguém que eu tivesse certeza que iria amar a Laura e respeitá-la, do jeitinho que ela será. Queria alguém que fosse um bom exemplo. Queria alguém que fosse meiga e carinhosa. Queria alguém que gostasse de sentar no chão da sala para brincar de boneca. Queria alguém que fosse criativa para propor brincadeiras irresistíveis na infância e que propusesse boas soluções aos problemas que Laurita certamente enfrentará na adolescência. Queria alguém em quem eu confiasse. Afinal, caso aconteça algo de ruim comigo, a madrinha será a segunda mãe. Queria alguém que, se a Laura se espelhar, eu vou ficar feliz e orgulhosa por isso. Quem mais poderia ser que não fosse a minha irmã querida, a tia Aninha? O meu bebê que cresceu... Engraçado, toda a experiência que tive com bebês foi com a tia Aninha. Dei o primeiro banho nela, a primeira papinha, levei tanto pra passear... E agora, esse meu bebê carregará meu outro bebê no colo, me ajudará a ensiná-la a viver. Acho que fiz a escolha certa. Laura, espero que você ame a sua madrinha assim como eu amo a minha!
Aliás, para falar a verdade, verdadeira, quem escolheu a minha madrinha fui eu. Não foi a minha mãe. Quando eu era bebê ela optou por chamar um casal de amigos dela, a Ângela e o Sérgio. Tenho memórias de primeira infância deles. Mas já aos cinco eu me ressentia que minha madrinha não estava nem aí pra mim. Com a simplicidade de uma cabecinha infantil, resolvi solucionar o meu grande problema: iria achar outra madrinha!
Pensei, pensei, pensei... E um dia, lá na casa da minha vó, a bisa Madalena, quando todas as seis irmãs da minha mãe estavam reunidas na sala de jantar com a minha mãe, eu interrompi o papo animado, chamei a tia Terezinha, a minha favorita, e pedi: - Tia, você pode ser a minha madrinha? Eu não gosto da minha. Queria que fosse você! Ela, sorrindo e acredito que até lisonjeada, respondeu: - Mas é claro Lu! Será um grande prazer ser a sua madrinha! Mas você fará crisma tá? – Combinado! Prometi! E cumpri: aos 14 anos me crismei lá em Goiânia e minha madrinha viajou 1.000 km para me crismar!
A partir dos 5 anos ganhei de presente uma madrinha mais que querida! Uma madrinha que sempre esteve presente na minha vida, que sempre me deu força, ajudou muito, ouviu, foi carinhosa, não me julgou, enfim... uma verdadeira segunda mãe. Além de ser um exemplo de pessoa! Acho que puxei dela o gosto pela leitura, pelo inglês, pelo francês... De quebra, ainda ganhei um padrinho muito legal, o tio Nini, que adorava cozinhar e sempre comprava e descascava laranja lima pra mim no café da manhã, além de fazer minhas torradinhas prediletas. Só boas memórias!
Estou falando da minha madrinha porque quando pensei em escolher a madrinha da Laurita era isso o que eu queria pra ela: uma pessoa que a amasse e que demonstrasse isso da melhor forma possível. Pensei em muitas pessoas queridas minhas. Passei uns seis meses com isso na cabeça. Fred Pai e eu combinamos que a madrinha seria eu quem escolheria e o padrinho, ele. Assim, ambos podíamos escolher aquela pessoa em quem confiávamos para entregar essa importante responsabilidade.
Para escolher a madrinha da Laura pensei com a cabeça que tinha aos cinco, quando escolhi a minha. Queria alguém que fosse muito próxima e que as adversidades da vida não as separasse. Queria alguém que eu tivesse certeza que iria amar a Laura e respeitá-la, do jeitinho que ela será. Queria alguém que fosse um bom exemplo. Queria alguém que fosse meiga e carinhosa. Queria alguém que gostasse de sentar no chão da sala para brincar de boneca. Queria alguém que fosse criativa para propor brincadeiras irresistíveis na infância e que propusesse boas soluções aos problemas que Laurita certamente enfrentará na adolescência. Queria alguém em quem eu confiasse. Afinal, caso aconteça algo de ruim comigo, a madrinha será a segunda mãe. Queria alguém que, se a Laura se espelhar, eu vou ficar feliz e orgulhosa por isso. Quem mais poderia ser que não fosse a minha irmã querida, a tia Aninha? O meu bebê que cresceu... Engraçado, toda a experiência que tive com bebês foi com a tia Aninha. Dei o primeiro banho nela, a primeira papinha, levei tanto pra passear... E agora, esse meu bebê carregará meu outro bebê no colo, me ajudará a ensiná-la a viver. Acho que fiz a escolha certa. Laura, espero que você ame a sua madrinha assim como eu amo a minha!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
A falta de controle
Já estou chegando no 8º mês de gravidez e a cada dia que passa me impressiono mais com os movimentos involuntários da minha imensa barriga. De repente, sem mais nem menos, ela forma um caroço imenso à esquerda e pronto, aponta total e indiscriminadamente para o lado. E passa o dia todo olhando para lá, mesmo que euzinha, sua dona, goste mesmo que ela aponte para frente. Outras vezes forma-se um carocinho pequenino e pontiagudo que passeia da direita para a esquerda e de cima para baixo. Sem contar aquelas vezes em que estou quietinha, distraída e me assusto com pulos involuntários do que já foi a barriga que chamei de minha.
Incrível. A cada dia tenho menos controle da minha própria barriga! Ela faz o que quer, na hora que quer e pronto. Ah! E claro que grandona desse jeito em tão pouco tempo, ainda tenho problemas de dimensão. Nunca sei se a barriga vai passar por aquele vão ou se posso ou não caber entre a mesa e a cadeira. Daí já viu! Passo por cada situação embaraçosa... outro dia quase fiquei entalada entre o meu carro e o do lado... Ah! No aniversário da Karina, filha da tia Milene, derrubei uma cadeira com o meu barrigão! Puro mico!
Mas não estou aqui para falar de micos não. Estou aqui porque a falta de controle da minha própria barriga me faz pensar na Laurita. Ela é um feto ainda, pequenino e indefeso, que ainda se forma dentro de mim, mas que já tem vontade própria. Ela faz os movimentos que quer, deve comer, dormir, brincar, sonhar na hora que lhe dá vontade. É a vontade é dela e não na minha. Fico imaginando quando ela nascer... A cada dia que se passar, mais e mais ela terá vontades e necessidades próprias, das quais, no comecinho ainda terei controle, já que ela dependerá de mim. Depois, controle algum. A Laura vai escolher o seu próprio caminho.
Essa semana que passou fiquei muito triste com o que aconteceu com a sobrinha da tia Aninha, a Marina. Uma menina linda, cheia de vida pela frente, optou por um caminho curto. Ficamos todos muito chocados e eu pensei muito na mãe da Marina, a irmã da tia Aninha, a tia Ângela. O que ela poderia ter feito para evitar esse sofrimento todo? Como ela estaria se sentindo? Será que dá para evitar finais infelizes? Será que dá para evitar que a minha filhinha sofra, vá por caminhos truculentos, escuros?
Passei a semana inteira pensando nisso. Se eu pudesse, traçaria um caminho lindo para ela. Ela seria a mais feliz das crianças, a mais bela das jovens, a mais bem sucedida profissionalmente, além da mãe mais realizada do mundo, com o melhor dos maridos. Mas a verdade é que eu nem sei se é esse o caminho que a Laura quer.
É como os movimentos da minha barriga. A barriga é minha, mas ela vai para onde quer, na hora que desejar, já traçando os desejos da Laura. Tenho que saber que quando ela nascer continuará assim. Vou fazer o melhor que eu posso. Vou estar ao seu lado quando tiver cólicas, vou dar banho morno para tirar a febre, vou ensinar o primeiro passinho, vou socorrê-la quando tiver medo do bicho embaixo da cama, vou ficar feliz com as suas conquistas na escola, dar bronca quando não estiver fazendo suas tarefas direito, me encantar junto com ela pelo menino mais lindo da escola, dar meu ombro amigo quando ele for babaca com ela... Vou ensiná-la a dirigir, a ser responsável, a não desperdiçar água, a reciclar o lixo, a respeitar as pessoas, a ter caráter, a ter palavra. Vou me dedicar ao máximo a essa grande tarefa da minha vida. Mas eu não sei se ela vai querer seguir o meu exemplo. Não sei se ela vai achar importante o que eu acho, se vai querer usufruir de tudo que estou ávida a dar. Talvez ela queria e muito. Talvez não. Talvez a Laura queria seguir o seu caminho. Talvez ela seja essa menina tão feliz, linda e bem realizada que eu fico aqui imaginando. Talvez ela caia e não queira levantar, apesar de todo o esforço que farei para tirá-la do chão. Talvez tudo o que eu faça dê errado. Não sei. Não tenho controle sobre ela, assim como não tenho atualmente sobre a minha barriga. Acho que a minha maior lição de mãe vai ser aprender que a vida é essa mesmo. Que a gente não tem controle sobre os filhos. Que a gente tem que tentar de tudo, mas que, se por acaso, nossos filhos queiram ir para outros caminhos, não tenhamos culpa. Porque, afinal, a gente passou a vida tentando guiá-los. Adeus Marina! Fica bem Ângela. Que Deus as abençoe.
Incrível. A cada dia tenho menos controle da minha própria barriga! Ela faz o que quer, na hora que quer e pronto. Ah! E claro que grandona desse jeito em tão pouco tempo, ainda tenho problemas de dimensão. Nunca sei se a barriga vai passar por aquele vão ou se posso ou não caber entre a mesa e a cadeira. Daí já viu! Passo por cada situação embaraçosa... outro dia quase fiquei entalada entre o meu carro e o do lado... Ah! No aniversário da Karina, filha da tia Milene, derrubei uma cadeira com o meu barrigão! Puro mico!
Mas não estou aqui para falar de micos não. Estou aqui porque a falta de controle da minha própria barriga me faz pensar na Laurita. Ela é um feto ainda, pequenino e indefeso, que ainda se forma dentro de mim, mas que já tem vontade própria. Ela faz os movimentos que quer, deve comer, dormir, brincar, sonhar na hora que lhe dá vontade. É a vontade é dela e não na minha. Fico imaginando quando ela nascer... A cada dia que se passar, mais e mais ela terá vontades e necessidades próprias, das quais, no comecinho ainda terei controle, já que ela dependerá de mim. Depois, controle algum. A Laura vai escolher o seu próprio caminho.
Essa semana que passou fiquei muito triste com o que aconteceu com a sobrinha da tia Aninha, a Marina. Uma menina linda, cheia de vida pela frente, optou por um caminho curto. Ficamos todos muito chocados e eu pensei muito na mãe da Marina, a irmã da tia Aninha, a tia Ângela. O que ela poderia ter feito para evitar esse sofrimento todo? Como ela estaria se sentindo? Será que dá para evitar finais infelizes? Será que dá para evitar que a minha filhinha sofra, vá por caminhos truculentos, escuros?
Passei a semana inteira pensando nisso. Se eu pudesse, traçaria um caminho lindo para ela. Ela seria a mais feliz das crianças, a mais bela das jovens, a mais bem sucedida profissionalmente, além da mãe mais realizada do mundo, com o melhor dos maridos. Mas a verdade é que eu nem sei se é esse o caminho que a Laura quer.
É como os movimentos da minha barriga. A barriga é minha, mas ela vai para onde quer, na hora que desejar, já traçando os desejos da Laura. Tenho que saber que quando ela nascer continuará assim. Vou fazer o melhor que eu posso. Vou estar ao seu lado quando tiver cólicas, vou dar banho morno para tirar a febre, vou ensinar o primeiro passinho, vou socorrê-la quando tiver medo do bicho embaixo da cama, vou ficar feliz com as suas conquistas na escola, dar bronca quando não estiver fazendo suas tarefas direito, me encantar junto com ela pelo menino mais lindo da escola, dar meu ombro amigo quando ele for babaca com ela... Vou ensiná-la a dirigir, a ser responsável, a não desperdiçar água, a reciclar o lixo, a respeitar as pessoas, a ter caráter, a ter palavra. Vou me dedicar ao máximo a essa grande tarefa da minha vida. Mas eu não sei se ela vai querer seguir o meu exemplo. Não sei se ela vai achar importante o que eu acho, se vai querer usufruir de tudo que estou ávida a dar. Talvez ela queria e muito. Talvez não. Talvez a Laura queria seguir o seu caminho. Talvez ela seja essa menina tão feliz, linda e bem realizada que eu fico aqui imaginando. Talvez ela caia e não queira levantar, apesar de todo o esforço que farei para tirá-la do chão. Talvez tudo o que eu faça dê errado. Não sei. Não tenho controle sobre ela, assim como não tenho atualmente sobre a minha barriga. Acho que a minha maior lição de mãe vai ser aprender que a vida é essa mesmo. Que a gente não tem controle sobre os filhos. Que a gente tem que tentar de tudo, mas que, se por acaso, nossos filhos queiram ir para outros caminhos, não tenhamos culpa. Porque, afinal, a gente passou a vida tentando guiá-los. Adeus Marina! Fica bem Ângela. Que Deus as abençoe.
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