quarta-feira, 10 de junho de 2009

A descoberta do sling


Desde que morei em Paris e via as imigrantes africanas no metrô da cidade caminhando tranquilamente com seus bebês embrulhados em panos amarrados em seus corpos, que me apaixonei por essa idéia do sling. Naquela época a Laura nem passava pela minha cabeça, mas sempre adorei a concepção de carregar o bebê no colo e ao mesmo tempo ter duas mãos! E os panos! Cada um mais lindo que o outro...
Nunca tinha visto isso aqui no Brasil. Na época em que a tia Flávia ficou grávida do Gabriel, há mais de quatro anos, pedi até pra tia Myrtha comprar pra mim em NY um sling, para dar a novidade de presente à tia Flavinha, mas a tia Myrtha não achou lá também. Passados todos esses anos foi a vez de Mãe Lu engravidar.
Ainda no comecinho da minha gravidez, vovô Agnaldo foi para a Índia a trabalho. Ele perguntou o que eu gostaria de ganhar e mais do que de pressa eu disse: um sling! De cor bem linda! Lá na Índia, vovô foi ao mercado comprar o sling, mas a bagunça era tão grande no tal do mercado, com um vendedor sendo disputado por mais de cem pessoas, que vovô Agnaldo simplesmente não conseguiu nem achar o sling. Por isso, vovó Dalva resolveu procurar por Vitória mesmo. E achou! Uma moça que faz e vende na feirinha lá... Comprou um lindão, preto e branco e depois mandou fazer um outro vermelho e amarelo de chita. Coisa mais linda! Ganhei quando Laurita ainda estava na barriga e adorei. Engraçado que quando descobri o sling, há sete anos, nunca iria imaginar que ele viraria moda no Brasil na época em minha filha nasceria!
E a Laura nasceu. No comecinho achei que ela ainda era muito pequena para usá-lo. Logo depois, tentei. Não consegui. Tentei mais uma vez. Tive medo. Mais uma. Laura chorou. Fiquei apavorada. Mais uma. Não deu certo. Fiquei frustrada. Até o dia em que eu decidi pedir ajuda. Liguei na ONG Amigas do Peito, perguntei se elas sabiam usar, elas disseram que sim, já que vendiam lá, fui até lá e finalmente aprendi! Desde aquele dia a Laurita não sai do Saco. Santo Saco!

É impressionante como ela gosta do sling... Pode ficar deitadinha, mamar ou mesmo fazer do peito de Mãe Lu um travesseiro. Ou pode ficar sentadinha também e ver o mundo inteirinho! Para Mãe Lu foi um alívio total! Ter os dois braços de volta foi um grande passo rumo à vida de volta! Que maravilha! Estou escrevendo o blog com a Laura mamando!! Posso fazer tudo! Ontem mesmo sequei o meu cabelo com ela no sling! Agora o melhor mesmo é que sinto que Laura está mais calma desde que começou a ficar grudadinha em mim através do sling. Ela até dorme mais e definitivamente se sente mais tranqüila por estar tão pertinho da mamãe.

Mãe Lu e Fred Pai já saíram com a Laura no Santo Saco por três vezes. É muito mais prático, porque não tem que levar o carrinho trambolho e também porque se ela chora que quer mamar é só abrir a blusa! Estamos adorando! E como ainda é novidade por aqui, a Laurinha chama a maior atenção no saquinho! Onde vamos somos paradas e Laurita é a maior sensação! – Que pequenina! Que bonitinha! Voltou para a barriga da mamãe! Outras perguntam: - Esse negócio é confortável? O bebê fica bem? É sim gente! Tanto Mãe Lu como Laura estão adorando! Eba! Que novidade mais legal! Agora a Laurinha vai ganhar mais colinho do que imaginava dias atrás!

3 comentários:

Pereira disse...

Felicidade!

É muito bom saber que vocês estão felizes, mais soltos e mais independentes.
Viva ao sling! Parabens e que cada dia seja de boas descobertas.
Bjs, bjs e bjs

Dalva

fernanda disse...

Querida Laurita

você está muito linda, pena que mora tão longe de nós.

Um beijão pra toda família

Fernanda

Lilibeth Cardozo Roballo Ferreira disse...

Lu,
Não tem uma linha, nem mesmo uma palavrinha neste blog que não seja cheiinha de amor! Como vocês estão felizes!
Adoro saber!
E a Laura no saquinho é uma maravilhosa relação de corpos entre a mamãe e a filhotinha. Reparem que esta sempre foi a forma mais primitiva das mães carregarem seus filhos.Sociedades tribais sempre carregaram seus filhos assim. Foi o capitalismo e a sociedade de consumo que invetaram esses outros "trambolhos". Pena que eu não conheci ou não tive essa idéia.
Beijos e saudades de vocês!
Lili