Antes de falar da madrinha da Laura vou falar da minha. Isso porque eu gostaria muito que a minha filha tivesse a mesma sorte que eu tenho: uma madrinha próxima, participativa, amorosa, gentil, companheira. Uma madrinha de verdade!
Aliás, para falar a verdade, verdadeira, quem escolheu a minha madrinha fui eu. Não foi a minha mãe. Quando eu era bebê ela optou por chamar um casal de amigos dela, a Ângela e o Sérgio. Tenho memórias de primeira infância deles. Mas já aos cinco eu me ressentia que minha madrinha não estava nem aí pra mim. Com a simplicidade de uma cabecinha infantil, resolvi solucionar o meu grande problema: iria achar outra madrinha!
Pensei, pensei, pensei... E um dia, lá na casa da minha vó, a bisa Madalena, quando todas as seis irmãs da minha mãe estavam reunidas na sala de jantar com a minha mãe, eu interrompi o papo animado, chamei a tia Terezinha, a minha favorita, e pedi: - Tia, você pode ser a minha madrinha? Eu não gosto da minha. Queria que fosse você! Ela, sorrindo e acredito que até lisonjeada, respondeu: - Mas é claro Lu! Será um grande prazer ser a sua madrinha! Mas você fará crisma tá? – Combinado! Prometi! E cumpri: aos 14 anos me crismei lá em Goiânia e minha madrinha viajou 1.000 km para me crismar!
A partir dos 5 anos ganhei de presente uma madrinha mais que querida! Uma madrinha que sempre esteve presente na minha vida, que sempre me deu força, ajudou muito, ouviu, foi carinhosa, não me julgou, enfim... uma verdadeira segunda mãe. Além de ser um exemplo de pessoa! Acho que puxei dela o gosto pela leitura, pelo inglês, pelo francês... De quebra, ainda ganhei um padrinho muito legal, o tio Nini, que adorava cozinhar e sempre comprava e descascava laranja lima pra mim no café da manhã, além de fazer minhas torradinhas prediletas. Só boas memórias!
Estou falando da minha madrinha porque quando pensei em escolher a madrinha da Laurita era isso o que eu queria pra ela: uma pessoa que a amasse e que demonstrasse isso da melhor forma possível. Pensei em muitas pessoas queridas minhas. Passei uns seis meses com isso na cabeça. Fred Pai e eu combinamos que a madrinha seria eu quem escolheria e o padrinho, ele. Assim, ambos podíamos escolher aquela pessoa em quem confiávamos para entregar essa importante responsabilidade.
Para escolher a madrinha da Laura pensei com a cabeça que tinha aos cinco, quando escolhi a minha. Queria alguém que fosse muito próxima e que as adversidades da vida não as separasse. Queria alguém que eu tivesse certeza que iria amar a Laura e respeitá-la, do jeitinho que ela será. Queria alguém que fosse um bom exemplo. Queria alguém que fosse meiga e carinhosa. Queria alguém que gostasse de sentar no chão da sala para brincar de boneca. Queria alguém que fosse criativa para propor brincadeiras irresistíveis na infância e que propusesse boas soluções aos problemas que Laurita certamente enfrentará na adolescência. Queria alguém em quem eu confiasse. Afinal, caso aconteça algo de ruim comigo, a madrinha será a segunda mãe. Queria alguém que, se a Laura se espelhar, eu vou ficar feliz e orgulhosa por isso. Quem mais poderia ser que não fosse a minha irmã querida, a tia Aninha? O meu bebê que cresceu... Engraçado, toda a experiência que tive com bebês foi com a tia Aninha. Dei o primeiro banho nela, a primeira papinha, levei tanto pra passear... E agora, esse meu bebê carregará meu outro bebê no colo, me ajudará a ensiná-la a viver. Acho que fiz a escolha certa. Laura, espero que você ame a sua madrinha assim como eu amo a minha!
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Um comentário:
Olá Lú,
Com certeza sua irmã será uma ótima madrinha.
Bjs,
Dalva
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