Acho que a minha primeira grande emoção de mãe aconteceu na sétima semana de gravidez, quando fui fazer uma ultra para tentar escutar o coraçãozinho. Fomos eu e Fred Pai lá na Maternidade de Laranjeiras. Ficamos esperando uns 30 minutos para chegar a nossa vez e essa foi uma das mais longas meia hora da minha vida. Depois da história do descolamento de placenta e de tudo o que os médicos das ultras anteriores haviam dito, eu realmente estava com medo.
Fred Pai, inclusive, ficou impressionado com a temperatura das minhas mãos: geladas. Eu pensava de tudo: será que o embrião está crescendo? Será que está morto? Será que está bem desenvolvido? E se não estiver? Que tipo de médico vai nos atender? Será que ele vai falar algo chato pra gente e passaremos de novo por uma crise? Fred Pai tentou me acalmar. Não sei dizer se ele estava calmo. Parecia, pelo menos. Disse que tudo daria certo e que o bebê estaria muito bem de saúde. Eu tentei acreditar. Até porque, não adiantava nada sofrer antes. Se bem que achava praticamente impossível colocar essa teoria tão linda em prática na minha cabeça de nova mãe, que estava quase biruta.
Finalmente entramos na salinha da ultra. Era um médico. Acho que ele se chamava Bruno. Muito simpático e atencioso. Acertou o aparelho, mostrou a imagem: um pontinho de nada, quase não dava pra ver. Ligou o surround da sala e PUMPUMPUMPUMPUM um som intenso, muito forte e rápido! Era o som do coraçãozinho do nosso nenê! Ele estava batendo forte e alto, muito, muito saudável! Eu chorei. Fred Pai disse: - Nossa! Irado! Parece uma sessão de drum base!
A emoção foi tão intensa, a felicidade tão grande que por mais envergonhada e sem graça com o médico que eu estivesse, as lágrimas caíram. Só não chorei mais por vergonha mesmo! Ao sair da Maternidade fomos jantar pizza para comemorar. Ligamos para todo mundo! Para os avós, para os tios e tias legítimos e postiços. Nós queríamos dividir a nossa alegria com todos que nos amam.
Já na 18ª semana de gravidez comecei a me preocupar porque não sentia o bebê dentro de mim. Havia lido em sites e nos livros que as mães começam a sentir o feto a partir da 17ª semana e que dependia muito de pessoa para pessoa. Mas eu já estava na 18ª e nada de sentir o meu bebê. É claro que um dia eu comecei a pensar nisso e pirei. Estava no trabalho. Foi uma roda viva de pensamentos. Será que está tudo certo comigo? Será que meu bebê está bem? Por que eu ainda não senti o feto? Sorte a minha que a tia Ju estava online no skype. Tia Ju está grávida também, da Olívia. Mas com nove semanas à minha frente. Então ela é a experiência em pessoa para mim! Eu a chamei no skype e disse: - Ju! Me salva! Socorro! Não sinto meu bebê! Será que ele está bem? Tia Ju, toda paciente, me perguntou: - Lu, pensa comigo: você continua enjoada? – SIM! – Você continua fazendo xixi que nem uma louca? – SIM! – Você continua com muito sono? – SIM! – Então amiga! Está tudo bem com você! Fica tranqüila que loguinho seu bebê vai se mexer para você! Fiquei tranqüila. Foi muito bom ter falado com a tia Ju naquele momento. Deixei de me descabelar e fiquei em paz.
Passados dois dias da piração, fui fazer as unhas em um salão no centro da cidade, pertinho do meu trabalho. Era um salão que nunca tinha ido antes. Gostei do ambiente e da manicure que me atendeu. Era sexta-feira, lá pelas sete da noite, e eu pintava as minhas unhas de vermelho, minha cor predileta. De repente BUM! Senti alguém lá dentro da minha barriga bater com força! Logo depois, senti como se houvesse uma borboleta batendo as asinhas dentro de mim. Levei um susto! Gritei espontaneamente: - O bebê! Está se mexendo! Senti! Senti! Foi uma festa só lá no salão. Todas as mulheres, ilustres desconhecidas, ficaram felizes com a notícia e festejaram esse momento tão especial comigo. Saindo de lá, a recepcionista do salão disse: - Que Deus abençoe esse bebê e a futura mamãe! Saí de lá com os olhos marejados e fui ao encontro de Fred Pai, que ficou muito feliz com a tão esperada novidade!
O pé de Fred Pai
De todas as minhas primeiras experiências com o novo papel de mãe, nada se compara em tamanho de emoção, do que a experimentada ao descobrirmos, na ultra da 19ª semana, que o nosso bebê seria uma menina! Foi a surpresa mais agradável que eu poderia receber da vida, de Deus, do Cosmo, ou mesmo de meu amado Fred Pai - já que é o homem que determina o sexo, não é mesmo?
Sempre que pensava em ter um filho, todas as vezes, sem uma exceção sequer, pensei em uma menina. Tenho essa menininha no meu coração desde os oito anos de idade, quando brincava de boneca com a tia Mariana. Adorava ouvir o sambinha que Tom Jobim tinha feito para a filha dele - “O samba de Maria Luiza... é bonito pra xuxu...” - e pensar que um dia teria uma Maria Luiza pra mim também, como a de Tom.
Quando soube que ela estava ali, no meu ventre, não poderia me sentir mais feliz, mais abençoada, mais sortuda, mais especial, mais tudo de bom no mundo, do que naquele momento. O médico da ultra, dr. André, perguntou: - Vocês querem saber o sexo? Depois de um sonoro sim, vindos na mesma hora da minha boca e da de Fred Pai, o doutor ainda disse: - Claro! Pergunta estúpida a minha! Vejo aqui uma vulva, é uma menina.
Meu bebê estava lindo! Todo formadinho, tinha as perninhas, os bracinhos, as mãozinhas, o rostinho... Vimos tudo, tão perfeitinho! Tão lindo!
Chorei muito. Só não chorei mais porque fiquei com vergonha. Enquanto esperávamos que a clínica gravasse o DVD da ultra pra gente, fomos para o lado de fora e começamos a ligar para todo mundo! – É menina! É menina! É menina! Era só o que eu e Fred Pai sabíamos dizer. – Que bom! Você sempre quis uma menina!, disse a tia Ana Paula, comemorando comigo.
Fred Pai estava muito, muito feliz com a notícia. Assim como eu, ele torcia por uma menina também. – Eu nunca tive irmã. Sempre quis conhecer mais o universo feminino. Vou me amarrar em ser pai de uma menininha!, dizia o meu amor.
Pois então! A empolgação foi tão grande, mas tão grande, Fred Pai pulou tanto, mas tanto, que torceu o pé direito! À noite, o pé dele estava tão inchado que fomos parar no Pronto Socorro. Ficou 15 dias com uma bota robocop. Mas Fred Pai nem se importou! Afinal, ele seria papai de uma linda menininha! Agora era escolher o nome!
Quando finalmente chegamos em casa, depois de um dia tão emocionante, deitamos na cama para dormir, senti minha filha se mexendo. Pequei a mão de Fred Pai e coloquei na minha barriga. Nada! Nem um sinal da nossa nenê! Daí eu disse: - Filha, mexe um pouquinho! Papai está aqui esperando para te sentir! Mexe pra ele. No mesmo minuto um TUM! Ela chutou muito forte! Fred Pai sentiu na hora! Rimos como duas crianças de tanta felicidade! Nos abraçamos e fomos dormir com nossos corações repletos de amor e orgulho.
Fred Pai, inclusive, ficou impressionado com a temperatura das minhas mãos: geladas. Eu pensava de tudo: será que o embrião está crescendo? Será que está morto? Será que está bem desenvolvido? E se não estiver? Que tipo de médico vai nos atender? Será que ele vai falar algo chato pra gente e passaremos de novo por uma crise? Fred Pai tentou me acalmar. Não sei dizer se ele estava calmo. Parecia, pelo menos. Disse que tudo daria certo e que o bebê estaria muito bem de saúde. Eu tentei acreditar. Até porque, não adiantava nada sofrer antes. Se bem que achava praticamente impossível colocar essa teoria tão linda em prática na minha cabeça de nova mãe, que estava quase biruta.
Finalmente entramos na salinha da ultra. Era um médico. Acho que ele se chamava Bruno. Muito simpático e atencioso. Acertou o aparelho, mostrou a imagem: um pontinho de nada, quase não dava pra ver. Ligou o surround da sala e PUMPUMPUMPUMPUM um som intenso, muito forte e rápido! Era o som do coraçãozinho do nosso nenê! Ele estava batendo forte e alto, muito, muito saudável! Eu chorei. Fred Pai disse: - Nossa! Irado! Parece uma sessão de drum base!
A emoção foi tão intensa, a felicidade tão grande que por mais envergonhada e sem graça com o médico que eu estivesse, as lágrimas caíram. Só não chorei mais por vergonha mesmo! Ao sair da Maternidade fomos jantar pizza para comemorar. Ligamos para todo mundo! Para os avós, para os tios e tias legítimos e postiços. Nós queríamos dividir a nossa alegria com todos que nos amam.
Já na 18ª semana de gravidez comecei a me preocupar porque não sentia o bebê dentro de mim. Havia lido em sites e nos livros que as mães começam a sentir o feto a partir da 17ª semana e que dependia muito de pessoa para pessoa. Mas eu já estava na 18ª e nada de sentir o meu bebê. É claro que um dia eu comecei a pensar nisso e pirei. Estava no trabalho. Foi uma roda viva de pensamentos. Será que está tudo certo comigo? Será que meu bebê está bem? Por que eu ainda não senti o feto? Sorte a minha que a tia Ju estava online no skype. Tia Ju está grávida também, da Olívia. Mas com nove semanas à minha frente. Então ela é a experiência em pessoa para mim! Eu a chamei no skype e disse: - Ju! Me salva! Socorro! Não sinto meu bebê! Será que ele está bem? Tia Ju, toda paciente, me perguntou: - Lu, pensa comigo: você continua enjoada? – SIM! – Você continua fazendo xixi que nem uma louca? – SIM! – Você continua com muito sono? – SIM! – Então amiga! Está tudo bem com você! Fica tranqüila que loguinho seu bebê vai se mexer para você! Fiquei tranqüila. Foi muito bom ter falado com a tia Ju naquele momento. Deixei de me descabelar e fiquei em paz.
Passados dois dias da piração, fui fazer as unhas em um salão no centro da cidade, pertinho do meu trabalho. Era um salão que nunca tinha ido antes. Gostei do ambiente e da manicure que me atendeu. Era sexta-feira, lá pelas sete da noite, e eu pintava as minhas unhas de vermelho, minha cor predileta. De repente BUM! Senti alguém lá dentro da minha barriga bater com força! Logo depois, senti como se houvesse uma borboleta batendo as asinhas dentro de mim. Levei um susto! Gritei espontaneamente: - O bebê! Está se mexendo! Senti! Senti! Foi uma festa só lá no salão. Todas as mulheres, ilustres desconhecidas, ficaram felizes com a notícia e festejaram esse momento tão especial comigo. Saindo de lá, a recepcionista do salão disse: - Que Deus abençoe esse bebê e a futura mamãe! Saí de lá com os olhos marejados e fui ao encontro de Fred Pai, que ficou muito feliz com a tão esperada novidade!
O pé de Fred Pai
De todas as minhas primeiras experiências com o novo papel de mãe, nada se compara em tamanho de emoção, do que a experimentada ao descobrirmos, na ultra da 19ª semana, que o nosso bebê seria uma menina! Foi a surpresa mais agradável que eu poderia receber da vida, de Deus, do Cosmo, ou mesmo de meu amado Fred Pai - já que é o homem que determina o sexo, não é mesmo?
Sempre que pensava em ter um filho, todas as vezes, sem uma exceção sequer, pensei em uma menina. Tenho essa menininha no meu coração desde os oito anos de idade, quando brincava de boneca com a tia Mariana. Adorava ouvir o sambinha que Tom Jobim tinha feito para a filha dele - “O samba de Maria Luiza... é bonito pra xuxu...” - e pensar que um dia teria uma Maria Luiza pra mim também, como a de Tom.
Quando soube que ela estava ali, no meu ventre, não poderia me sentir mais feliz, mais abençoada, mais sortuda, mais especial, mais tudo de bom no mundo, do que naquele momento. O médico da ultra, dr. André, perguntou: - Vocês querem saber o sexo? Depois de um sonoro sim, vindos na mesma hora da minha boca e da de Fred Pai, o doutor ainda disse: - Claro! Pergunta estúpida a minha! Vejo aqui uma vulva, é uma menina.
Meu bebê estava lindo! Todo formadinho, tinha as perninhas, os bracinhos, as mãozinhas, o rostinho... Vimos tudo, tão perfeitinho! Tão lindo!
Chorei muito. Só não chorei mais porque fiquei com vergonha. Enquanto esperávamos que a clínica gravasse o DVD da ultra pra gente, fomos para o lado de fora e começamos a ligar para todo mundo! – É menina! É menina! É menina! Era só o que eu e Fred Pai sabíamos dizer. – Que bom! Você sempre quis uma menina!, disse a tia Ana Paula, comemorando comigo.
Fred Pai estava muito, muito feliz com a notícia. Assim como eu, ele torcia por uma menina também. – Eu nunca tive irmã. Sempre quis conhecer mais o universo feminino. Vou me amarrar em ser pai de uma menininha!, dizia o meu amor.
Pois então! A empolgação foi tão grande, mas tão grande, Fred Pai pulou tanto, mas tanto, que torceu o pé direito! À noite, o pé dele estava tão inchado que fomos parar no Pronto Socorro. Ficou 15 dias com uma bota robocop. Mas Fred Pai nem se importou! Afinal, ele seria papai de uma linda menininha! Agora era escolher o nome!
Quando finalmente chegamos em casa, depois de um dia tão emocionante, deitamos na cama para dormir, senti minha filha se mexendo. Pequei a mão de Fred Pai e coloquei na minha barriga. Nada! Nem um sinal da nossa nenê! Daí eu disse: - Filha, mexe um pouquinho! Papai está aqui esperando para te sentir! Mexe pra ele. No mesmo minuto um TUM! Ela chutou muito forte! Fred Pai sentiu na hora! Rimos como duas crianças de tanta felicidade! Nos abraçamos e fomos dormir com nossos corações repletos de amor e orgulho.
8 comentários:
gatinha!
estou adorando! morro de rir!
queria muito estar perto e te encher de beijinhos!!!
sinta-se a-do-ra-da!
moninha
eu tô tão feliz por vcs.... e não vejo a hora de ver a carinha da Laura... vc está com barrigão já, né... diferente de quando veio aqui... Vou continar lendo sempre o blog... beijocas
tia postiça com muito amor legítimo!
muitos e muitos beijos para a família!
ps.: vou ensinar muitas coisas de lady pra ela!
Lu, Fred e Laura,
Muito legal!!! To me "pocando" de rir aqui das suas historias de gravida!!!
Passei por tudo isso que vc contou e posso te garantir uma coisa, TUDO que vc esta sentindo 'e super normal!!! Os enjoos da cara, e cheiro do Fred Pai, o cansaco e a irritacao, duvidas, preocupacoes, choradeiras e etc... ate os sangramentos... tive tudo isso e ta ai a minha filhota Maria Julia com quase 10anos, saudavel e esperta!!! To doida pra ver a Laura.
Vcs serao pais maravilhosos!!! Continue escrevendo, muito boa a ideia, vc escreve muito bem!!!
Beijos da tia, Piu
Lu, conforme eu te contei pelo Orkut, borrei toda minha maquiagem lendo a sua história desde a descoberta da gravidez. Mas estou adorando esse Blog, pq posso acompanhar a sua maternidade de longe e te ver barriguda...
Bjs, Ivone.
Lu e Fred,
Muito legal... fico feliz de ver vcs tão contentes com essa grande novidade.
beijo.
angelo
To adorando, me divertindo e chorando... :-)
Lu, não te conheço pessoalmente mas sou amiga de Fred há alguns anos... Confesso que estou a-do-ran-do ler seu depoimento de gravidez! Tenho tantas dúvidas quanto ser mãe... Nunca me imaginei grávida, nunca coloquei travesseiro embaixo da roupa pra me ver de barrigão, nunca pensei em um nome, nem se ia querer uma menina ou um menino... Estou achando tudo tão lindo! Tão emocionante...
Carinho,
Lili
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